Terça-feira chuvosa e fria.
Saio do supermercado distraída e apressada, como convém a uma legítima paulistana, tentando equilibras as sacolas.
A menina, ainda em uniforme de escola caminha em minha direção. Nossos olhares se cruzam e o brilho que trás neles meio que me hipnotiza. Impossível não sentir percorrer pela minha pele a profunda alegria que se faz naquele rosto.
Paro, sigo seus olhos e encontro o destino de tal luz: Ele, igualmente no uniforme escolar, de sorriso e braços abertos, irradia o mesmo brilho, a mesma luz...
É... É primavera e um cheiro doce de tenros anseios envolve os corpos daqueles dois.
Helena Jorge
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